Conheça a História do Tênis de Mesa
Nascido e desenvolvido na Inglaterra durante a segunda metade do século 19, teve sua origem a partir do jogo medieval de tênis, que costumava ser jogado tanto ao ar livre quanto em espaços fechados.
O tênis de campo é praticado com uma bola mais macia – borracha coberta de felpo – em terrenos gramados; o tênis de mesa, passatempo social do mesmo modo, jogado em salas comuns; e o badminton, no qual usa-se uma peteca no lugar de bola, são esportes atléticos que exigem rapidez e destreza.
As primeiras lembranças registradas do tênis de mesa revelam um jogo rude, iniciado por estudantes universitários com livros dispostos no lugar da rede, e por militares que o praticavam com equipamentos improvisados no país e no exterior. A primeira menção de um catálogo de produtos esportivos é de F.H.Ayres, em 1884, Inglaterra.
As raquetes podiam ser de madeira, papelão ou tripa de animal, cobertas algumas vezes por cortiça, lixa ou tecido. As bolas, de cortiça ou borracha. As redes, de diferentes alturas – algumas vezes constituídas de um simples fio. Mesas de diferentes tamanhos, partidas com contagens de 10 ou 100 pontos, saques com um “quique” inicial na metade da mesa do sacador, sistema atual, ou diretamente na outra metade de encontro a um espaço limitado ou não, porém, com a obrigatoriedade de o sacador estar afastado da linha de fundo da mesa. Nunca figuravam quatro tipos diferentes de duplas. Em qualquer caso, era virtualmente o mesmo tipo de jogo, embora tivesse muitos nomes.
No Século 19, James Gibb, inglês, ex-corredor de maratonas, volta de uma viagem de negócios no Estados Unidos com bolas de celulóide de brinquedo, que ele imaginou poderem ser úteis para este jogo em seu país. Ouvindo-as serem golpeadas por uma raquete oca, de cabo longo e feita de pele de carneiro, então bastante popular, associou os sons produzidos pela bola na raquete com o som ”pingue-pongue”, dando assim origem ao nome do jogo.
Ele então submeteu este nome a seu amigo e vizinho John Jaques, fabricante de produtos de esporte Groydon. Este registrou-o através do mundo – os direitos para os Estados Unidos foram mais tarde vendidos de Jaques para Parker Bros – e deste modo o jogo passou a ser uma mania elegante na virada do século. Tão rápido quanto cresceu, ele extinguiu-se, e permaneceu quiescente na Grã-Bretanha por 18 anos. O colapso talvez possa ser atribuído a várias causas: o grande número de sistemas de jogos rivais e supostos organizadores – 14 livros de instruções foram registrados no catálogo da biblioteca do Museu Britânico, neste período – e uma certa monotonia do jogo quando praticado com equipamento inadequado.
Linha do Tempo do Tênis de Mesa – Séculos 20 e 21
1902
Invenção da borracha com pinos para a superfície da raquete possibilitando tão grande efeito e velocidade que criou imediatamente um enorme abismo entre os experts e os principiantes.
1905 a 1910
Nesta época, o progresso maior ocorreu na Europa Central. O jogo foi introduzido em Viena e Budapeste pelo representante de máquinas de escrever e futebolista amador, Edward Shires. Mesmo anteriormente, provavelmente em 1889, implementos para jogar o tênis de mesa chegaram ao Japão, vindos da Grã-Bretanha, o que resultou numa peculiar distribuição que durou na China, Coréia, e Hong-Kong até finais de 1920, produzindo sementes importantes em etapas posteriores da História. No Brasil o Tênis de Mesa teve o início de sua implantação em São Paulo, através de turistas ingleses. O nome teria de ser Ping-Pong, já que era época da “epidemia” deste nome em Londres
1922
O tênis de mesa ressurge na Inglaterra e no País de Gales. Após a 1ª Guerra Mundial, J.J. Payne de Luton, organizador deste jogo em épocas passadas, e Percival Bronfield de Beckenham, campeão nacional da Inglaterra em 1904, seguidos por Carris de Manchester e outros, formaram uma Associação de Ping-Pong. No entanto, encontrando-se legalmente impedidos por uma carta registrada, dissolveram-se e reorganizaram-se no mesmo dia sob o antigo nome do jogo: tênis de mesa. Nesta ocasião, redigiram cuidadosamente as regras, com o intuito de receber aceitação nacional por todos os adeptos, e estimularam a criação e a venda de equipamentos de alto padrão. O sistema de duplas escolhido foi o que era praticado em outras épocas em Manchester.
1926
Na Inglaterra, as regras tiveram penetração e foram de boa vontade aceitas no exterior. O código então tornou-se base das regras internacionais, e o nome tênis de mesa tornou-se oficial. Funda-se então a ITTF – Internacional Table Tennis Federation. As modificações do jogo adotadas desde então foram as seguintes:
– A altura da rede baixou de 6/3 para 6 polegadas;
– A proibição do uso da mão livre para criar efeito no saque;
– A padronização parcial da raquete;
– Uma regra com limite de tempo – adaptada à regra da USTTA – limitando a duração dos sets – 21 pontos – em 15 minutos.
Com base nestas regras, no diminuto espaço e tempo requeridos, em comparação com muitos outros esportes atléticos, o tênis de mesa tornou-se um esporte de massa, com mais de cem associações filiadas à ITTF.
1977
O Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu o tênis de mesa como esporte olímpico.
1981
Em setembro deste ano, o COI reconhece a ITTF como órgão diretivo oficial do tênis de mesa, em Baden-Baden. O COI decide que o tênis de mesa deve ser incluído no programa Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.
1983
O tênis de mesa passou a fazer parte dos Jogos Pan Americanos, em Caracas na Venezuela.
2001
A bola aumenta de 38mm para 40mm e os sets passam a ter 11 pontos. Antes, a contagem ia até os 21 pontos.
fonte: www.cbtm.org.br Confederação Brasileira de Tênis de Mesa